quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Good by Blue Sky

2- Os olhos alheios ainda me perseguem.


Saí de casa cedo, não tive outra alternativa: quando se ama o próprio pai e principalmente quando isso se consuma não temos mais para onde correr senão porta afora e perceber como dependemos da boa vontade das outras pessoas pra continuar...seja lá o que fazemos aqui.
Me abandonaram e tudo que me resta do passado é Blue Sky...ele foi a única pessoa que não me julgou pelo que aconteceu, que nunca me julgou naquilo que queria ser... nunca. Mesmo que isso custasse a sua própria reputação.
--Seu olhar é de pessoa boa e é cruel julgar pessoas boas... mais do que elas se julgam a si mesmas.
Obrigada, muito obrigada. Será que eu nunca vou ter coragem de falar isso? Por que tenho tanto medo de parecer fraca... Fico nesse jogo de tentar manter as aparências e me arrependo depois- mas quem me garante que não me arrependeria muito mais do outro jeito?
Se eu tivesse um lugar onde ficar... e afinal é nisso que nos resumimos, pra onde eu vou quando o dia acabar? E que irônico seria se isso tudo continuasse... do outro lado. Sem descanso?? Não, eu espero que não. Não até achar alguém que me faça querer acreditar que exista, mas quanto mais a gente queima menos sentimos... então será que ainda espero por isso no outro?
Eu queria acreditar em algo. Mas acreditar como se ninguém espera algo de mim que não seja a pura degradação... espetáculo, a dor do outros é um show- e nada me impede que o faça, por orgulho. Só confiaria a tarefa de matar meu orgulho a uma pessoa... mas Blue Sky se recusa a matar qualquer coisa em mim. Ou tudo ou nada.
Porque depois disso estarei livre... desesperadamente espero que esteja livre. E como essa liberdade me assusta-- sem o chão embaixo de nossos pés cairíamos eternamente... quem sabe.
--Blue Sky, várias coisas que fiz eu não queria ter feito, mas queria provar que eu podia fazer, as pessoas duvidavam de mim...
--Imbecil...

domingo, 19 de julho de 2009

Alguém mata o meu orgulho!

Cartas alheias...

Uma coisa que eu fico pensando é se realmente damos sentido para as palavras que escrevemos, ou se elas já tão humanizadas teriam absorvido tamanho orgulho que já se recusam a nos obedecer. Elas proprias aparecem, se cristalizam e significam aquilo que querem.
As palavras se revoltam e nós como ficamos? Mestres subjulgados...reis destronados... público sem picadeiro.
Lutamos tanto para conseguir nos expressar e ainda assim é uma tarefa tão difícil, pois entre quem escreve e quem lê existem palavras com mil significados. Como saber então o que queremos dizer.
Acho que já percebestes o quanto eu enrolo pra falar algumas coisas... e se já não percebestes entre as palavras que escrevi antes o que eu realmente queria dizer é que... tenho saudades.

Sorte,
Panda

(20-01-2009) trechos de uma carta que escrevi...

Dom Casmurro by Machado de Assis

"O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, Senhor, não consegui recompor nem o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente.
Se só me faltassem os outros, vá; um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde, mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo"


Nem preciso dizer que eu sou puxa-saco MOR de Machado de Assis. AHEM! Mas ele é o meu escritor favorito e sempre será, isso desde os 12 anos. xD

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Destruidor de Dinastias by Sr. Ganância

Introdução- Breve devaneio do que constatei à primeira vista

Ele até que era um sujeito legal... até se apaixonar.
No final das contas o nome adotado não tinha nada a ver com a história... adoto-o porque sua intenção era romper com os laços que o prediam a algo que dava barreiras para tudo. Que simplesmente o prediam, apesar disso nunca ter-lhe aborrecido antes.
Mas quem não romperia com algo que tornara seu romance impossível simplesmente por convenções sociais?
Barreiras culturais artificiais que nos tornam metade do que somos. E o que somos já não importa, metade por metade fica-se com nada de tudo.
Então, resumindo, rompe-se com as velharias e criam-se novas esquisitices. Não, não, não!
Cria-se liberdade -- ele dizia.
Mas não sejamos estúpidos, liberdade também é convenção enquanto ainda existem os outros.

Conversa antiga com um amigo por e-mail

(Von Randow_)
O conto já tem introdução, não é definitiva pois quero ver se exploro mais alguns jogos de lógica além de estar ainda muito informal; meu estilo é mais clássico, e o prefiro pelo fato da narrativa se tornar mais convincente, informalidade demais acaba virando conversa de botequim, que se esquece no outro dia pela enbriaguez da banalidade; de mais a mais, o difícil está sendo o desenvolvimento... ainda não sei quantas Fernandas vou usar e o método de alternância narrativa... mas o ideal é não ter pressa pois idéia é coisa geniosa, enquanto isso os comentários acumulam e, quem diria! me simpatizei com o conto... nota: O título vem de Melinda Melinda claro...

Falows

(Panda)
Muito informal?Não.Não concordo...sinceramente não tenho problema nenhum com a informalidade, e digo mais:

"Nunca se despreza aquele que te conhece desde as entranhas e que quando a altivez era para ti simplesmente um amontoado de signos, o orgulho já te devorava a alma. Assim como que quem lha conquista não é Sr. Ávido e sim Sr. Ganância, muito prazer"
Sr.Ganância,Embriagado pelas banalidades

Mas enfim, li o conto... ou pelo menos a introdução dele e olha só! na minha total ignorância quanto a falar coisas inteligentes e de me comportar de forma correta veja só que descoberta! Tomates! Adoro tomates, meu vício secreto depois do chocolate e da dança... falando em dança. QUE VERGONHA! desculpa³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³³.
Talvez eu não faça por merecer o meu nome tendo ele o significado que tem, ou porque eu não tive um nome que significasse: pessoa exibida,histérica e exageradamente dramática!!!!!!!!! ou que signifique :GRANDE FARSA. Mas isso são problemas de maternidade e não vem ao caso.

Quanto ao conto como um todo não sei se venci pelo cansaço ou se finalmente virei um personagem digno de ser escrito. Só sei que aí está o resultado. E falando em simpatizar, dúvidas! Simpatizou com a idéia do conto, com a possibilidade de escrever um bom conto ou com o objeto do conto?!?!? ;P

E já reformulando tudo que tinha para dizer depois de "conto" o que estou aprontando como agradecimento ao futuro conto.

P.S:Sabia que Guimarães Rosa escrevia dança com s?!?!?!?!
P.P.S:E com essa mesma letra eu escrevo "sorte" todos os dias.

(Von Randow)
Eu tenho problemas com a formalidade em meus contos, pois ela avança contra o estilo que tento desenvolver, e não venha me dizer que a falta de estilo é um estilo, pois o molde para petição também o é. Gostei da citação do Sr. Ganância. Não se martirize por não estar condizente com o "significado" do seu nome, como eu digo na introdução do conto, todos temos um pouco de todas as características, só varia a proporção. Simpatizei com a possibilidade de escrever um bom conto, pois me suscitou um modelo no qual eu posso trabalhar a lógica e expandir o estilo narrativo que eu chamo de "labiríntico" além de ter me suscitado a idéia de que a sua vida congregada com a de outras Fernandas que conheço formam um emaranhado interessante de tipos sociais que lança luz sobre um amplo aspecto da variedade de comportamentos contemporâneos, além de ser uma idéia que é uma fonte rica para se encaixar outras idéias, chega quase a ter a versatilidade de um muito futuro romance que pretendo chamar de Completude e que, enfim, falará de quase tudo.

(Panda)
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!
Erudito...sempre erudito.


Realemte um amigo muito querido e indispensável hoje em dia...que nesse época eu mal conhecia xD. Hoje em dia é mais um que sofre de Pandalessness quando estou distante.

:*
sorte

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Good by Blue Sky

1- Mas essa parte é narrada por quem?


Não sei quem veio primeiro, o drink ou a pessoa que estava na minha frente, pessoa essa que me conhecia desde que me dei conta que existia—acho que todas as pessoas passam por esse tipo de revelação—estou vivo!—depois disso tudo muda.
Lembro até como foi... era pequena e tentava me erguer pela primeira vez, me apoiei no sofá e olhei para baixo—Quanto distância! Quando engatinhamos o chão não nos parece tão intimidador .
Então me dei conta que estava viva—com o chão distante e o céu azul do meu lado... não sei como ele se chamava na época mas seus olhos não me deixavam pensar em outra coisa.
-- Uma moeda pelos seus pensamentos.
Blue Sky era assim, conseguia analisar qualquer situação e provavelmente sabia no que eu estava pensando, no entanto, sempre me oferecia moedas, comecei a brincadeira quando éramos pequenos, mas ele sempre recusava... mas quando ele me propôs estava distraída e aceitei. Porque sou assim: aceito tudo quando estou distraída e ele sabia disso –Fico pensando o quão mais ele sabia a meu respeito que nem eu mesma sabia.
-- Estou pensando que estou viva.
Droga! Ele me olhou daquele jeito novamente!
Aquele olhar me dava vertigem—era um medo de cair e vontade de me atirar que me dava frio na barriga—fico pensando se faço cara de boba nesses momentos.
--Já nem lembro mais disso.
Ah! Blue Sky, existem coisas sobre as quais nunca mais falamos, mas não se lembrar disso?!
--Existem coisas que também não me lembro. Disse provocando-o, apesar de ele nunca ter feito isso, nem quando criticava sua intenção era maldosa e ele na minha opinião era a única pessoa do mundo que conseguia fazer isso.
-- Não faça isso. Ele disse. Sua amnésia me deixa sem passado.
Verdade, talvez eu o tenha conhecido melhor que qualquer um, mas ainda havia muito sobre ele que eu não pude descobrir.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

(não pensei em nenhum título)

…?Fim de jogo.Talvez ainda não… mas quem sabe?… alguns sentimentos não nos deixam pensar direito, aliás, nenhum deixa. Mas duvido que haja sentimento mais expressivo, nobre, sublime, arrepiante,enigmático, tentador, grandes heróis se fizeram de ódio irrefreável contra seus inimigos enquanto os grandes idiotas tiravam pétalas de flores. Terão que argumentar muito para me convencer ao contrário… E aqui estava o espelho, instrumento que sempre detestara, a verdade não é fácil para ninguém.
Sua imagem estava imóvel, assustadora, mórbida ao ponto de ela própria gerar o medo em si…e quem teme a si mesmo já não teme mais nada. Com o tempo a cena se tornara excitante. Já não sustentava mais o próprio corpo, vivendo de uma existência externa a sua, a garganta fechara… os olhos secos, incapazes de chorar se iluminavam cada vez mais motivados por apenas uma idéia: Matar. Estava acima de qualquer julgamento, agora julgaria quem merecia a verdade e o perdão eterno. Doce punhal e doce vingança, negados durante tanto tempo.
Já a esperavam do lado de fora ;–ou melhor–, não esperavam. Apenas alguns minutos mais tarde foram o bastante para ela perceber que não teria forças para isso, precipitava-se sobre o vazio… vazio?! Nada. Apenas escondeu sua ira em baixo de alguns livros… alguns?Não, não qualquer um…William Wilson!? sim, prazer!
Era estranho como tudo aquilo passara tão rápido…voltara para o mesmo lugar, pensava no que fizera,ou não fizera, qual o significado disso? Provavelmente nem existia… Mas agora o dia não mais estuprava os seus sentidos com luzes e barulhos em excesso! Enquanto todos dormiam sonhando, ela sonhava apenas sonhava…em transe, nostálgica, com todo o libido que a noite, uma libertina, nada censura… apenas camufla imperfeições.
Por um momento algo que lhe feriu os olhos lhe mostrou a verdade.Como nunca reparara antes?Agora via o que a perturbava, seu objetivo, o que deveria destruir… estava ali! Ria, seus dentes pálidos como a própria morte gozava de um intenso prazer ao observá-la… não escaparia, não dessa vez que chegara tão perto. E com um só golpe lhe acertou o ventre…o próprio ventre que se refletira no espelho…E assim acaba-se toda a linhagem de fétidos do mundo.Melhor assim!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Conhece-te a ti mesmo...

Eu conheço... ou ao menos pensei que conhecia até que tudo virou do avesso como nunca tinha virado antes, e em apenar 2 dias? Cientificamente impossível... emocionalmente e completamente realizado.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O menino da gema de ovo

(texto antigo, retirado do blog antigo e só agora tomando coragem para se aventurar no mundo dos blogs...sorte pra mim)
Eu escrevi esse texto no momento que eu deveria escrever alguma coisa…eu queria escrever querendo…só isso.


Era tarde naquele dia, mas eu ainda permanecia no grande auditório como todos os outros.–batedores a postos!Até agora não sabia, mas meu objetivo era bater nas pessoas que se levantassem …meu objetivo era bater e não perguntar.

(–Por quê–?)

Quando se levantavam vinham em nossa direção e nós deveríamos batê-los no rosto com muita força com um bastão achatado, quase uma espátula…eu tinha muito medo deles.Mas as horas passam e já era hora de ir e trancar o auditório, a projeção pára, as vozes param e a vida continua… vetiário, grande corredor com chuveiros.Sem portas.Depois do almoço, mesmo que tudo tivesse a mesma cor esbraquiçada e sem gosto era sempre uma demora escolher o que comer… os formatos eram diferentes.Um supermercado ficava imediatamente ao lado do refeitório, mesmo que não precisássemos comprar nada ele estava lá com suas cores e produtos organizados em categorias que não pareciam lógicas…não ficavam em ordem alfabética como nossos nomes.Entrava lá só para ver os produtos, era um bom exercício.

(O quarto escuro das estantes)

O quarto dos segredos permanecia em penumbra com algumas estantes e livros que ninguém nunca conseguiu ler o título… as pessoas só entravam nessa sala para se esconderem e todos ficavam em silêncio…[pelo menos 1 hora ao dia todos deveriam se esconder]. Todos fingiam que não estavam ali… ou que aquele lugar não existia, não deveria, pois segredos são tão escuros quanto aquele quarto e não podemos crer em nada que não vemos.[Um dia achei um segredo, esquecido, segredos jamais deveriam ser revelados–eles guardam a única parte interessante que nos restam–

(segredovo)

Era um ovo, era…era um menino,era…um ovo.Como única perspectiva e única realidade, era a única coisa que tinha.–Eu o chamei de menino da gema de ovo, e nós dois fingíamos que não nos víamos. Apesar de eu não fazer questão de me escnoder para ele… ha!– eu consigo te ver–, shhh… risadas mais silenciosas do mundo.Depois de certo tempo aquelas pessoas da cadeira não me assustavam mais, principalmente as parafusadas no chão… eles vinham devagar, mas seus olhares eram tão roubados quanto uma maçã e quando elas te agarravam não te soltavam mais e aquilo,aquilo…acho que me assutava um pouco sim. De repende não conseguia mais lutar e foi preciso uma boa dose de (reality) para voltar ao normal.

(finalidade do fim-acabar antes que seja tarde)

Acho que tomar as formas dos móveis não é normal, de qualquer forma que ele tomasse. E mesmo que essa frase seja apenas uma brincadeira de mal gosto e não faça sentido, o senso é sempre para o sul, como uma bússula de grandes ponteiros de metal, látex e lítio… a grande questão é que é muito difícil uma pessoa voltar para as origens, mesmo assim ele conseguiu, quem me dera pudéssemos voltar para a grande estufa e ele para o ovo.Foi assim, sem nem ao menos se despedir.Talvez o beijo tenha sido isso, acho que o julguei mau.Mas no meio de tantas paLavras isso às vezes me confunde.
Confúcio tinha um nome engraçado e nem por isso riam dele, por que ririam de um ovo que virou menino ou de um menino que virou ovo… e de dentro da panela já completamente frito foi afogado por 250ml de água destilada…agora imprestável para o consumo que outra alternativo teria?E como pinóquio, o menino da gema de ovo voltou… sem fada azul, sem estrela, sem grilo… por isso eu não sei se isso foi boa coisa.


sorte